Geração Y? Que galera é essa? Muito se escreve e se fala sobre a Geração Y, essa geração super antenada e exigente que vem se inserindo de maneira cada vez mais rápida no mercado de trabalho.
Sou, particularmente, uma admiradora desses jovens talentos, claro, considerando que essa geração ainda tem muito a aprender. Mas voltando-me primeiramente às qualidades desse público específico, o que mais me provoca admiração é a ousadia que eles têm, a coragem de arriscar. Isso é comprovado pelo fato de que o sonho dos nossos pais – que era o de ter um emprego estável e a certeza de criar família amparados por esse trabalho – hoje é questionado por esses jovens com sede de crescimento.
Para eles, o jargão tão famoso “quero crescer junto com a empresa” é mais que um desejo; é uma necessidade. Eles querem e precisam ser constantemente desafiados, gostam de sentir-se importantes no que fazem e de serem reconhecidos por isso. E mais: querem tudo isso com autonomia, independência e rapidez! Como não causar uma crise geral nas lideranças mais conservadoras? Os líderes agora precisam se preocupar, além de todo o trabalho técnico, com a motivação constante dessa galera, que parece não se cansar nunca!
Antenados à tecnologia, criativos e exigentes, eles têm causado preocupação e até mesmo resistência por parte das lideranças. Procuro sempre orientar os líderes do Grupo em que trabalho no sentido de que estes jovens profissionais são a realidade do mercado de trabalho e é por eles que devem buscar se desenvolver, para conseguirem, de alguma forma, serem verdadeiros exploradores de todo o potencial que esses jovens possuem. Preciso ser justa e dizer que muitos gestores de pessoas já se atentaram para essa realidade e têm convivido com essa constante preocupação.
É preciso saber extrair o melhor que estes novos profissionais têm a oferecer, fazendo um real trabalho de lapidá-los. Não podemos desconsiderar o fato de que o excesso de ambição e esse desejo sem precedentes de chegar ao topo é a maior causa de preocupação das lideranças. Existe nessa galera um senso de que eles precisam ser reconhecidos a qualquer custo e, se isso não for feito, só resta mudar de empresa e buscar esse reconhecimento em outro lugar.
É uma verdadeira missão para as lideranças conseguir lidar com a ansiedade desse pessoal, sem deixá-los frustrados ou com expectativas irreais de crescimento. É nessa hora que se vê a importância de ter o auxílio de um departamento de RH que esteja disposto a propor ações que desenvolvam o potencial desse jovem, que utilizem de sua criatividade e energia para trazer um retorno positivo à organização, além de fazer com que ele sinta que é parte do sucesso da organização.
E a partir de todas essas considerações, sinto-me bastante à vontade para afirmar que essa Geração é sim uma geração comprometida. Comprometida principalmente em manter a sua essência, independente do trabalho que exerçam. E com as mesmas palavras que comecei esse texto, o termino, usando agora de outro sentimento: Geração Y! Que galera é essa!
Postado por: Indira Costa Morais
Editora Voluntária – Gestão por Competências